No passado dia 21 de outubro, um grupo de oito utentes do CRIF rumou ao Teatro Municipal de Ourém para assistir à iniciativa “Eu, na minha melhor versão”, promovida pelo Grupo da Diferença em parceria com a Câmara Municipal de Ourém.
Durante a manhã, fomos inspirados por um conjunto de testemunhos que abordaram temas como a superação pessoal, a resiliência e a valorização das competências humanas, mesmo quando nos sentimos limitados perante os desafios inesperados que a vida nos apresenta.
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A sessão de abertura contou com a presença de Paula Carloto de Castro, Diretora do Centro Distrital da Segurança Social de Santarém, Sónia Esperto, Presidente do Instituto Nacional para a Reabilitação, e Luís Miguel Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Ourém.
O programa incluiu o testemunho inspirador de Miguel Atalaia, a apresentação do projeto “Missão Servir” da Escola Secundária de Peniche — dinamizada por dois alunos — e um momento musical protagonizado por Diogo Carmo.
A manhã terminou com a palestra de Paulo Azevedo, intitulada “O Difícil não Significa Impossível”, que emocionou e motivou todos os presentes. O seu testemunho de vida, pautado pela coragem e pelo humor, mostrou que as limitações não definem quem somos, mas sim a forma como enfrentamos as dificuldades.
Entre os nossos utentes, o impacto foi imediato.
Para o Eduardo, “a história do Paulo marcou-me muito, porque superou as suas dificuldades. Fez-me lembrar a minha infância, os internamentos e o tempo que passei nos hospitais — foram muitos meses da minha vida. O Miguel também me inspirou a não desistir dos meus sonhos: tirar a carta, ser pai, ter casa própria e ter uma namorada ‘a sério’.”
A Susana partilhou que “a história do Paulo foi muito emocionante”, enquanto a Verónica destacou “o momento em que o Paulo Azevedo tirou a cinta e as próteses das pernas e se sentou à mesa. Disse algo muito importante: devemos pedir ajuda sempre que encontramos dificuldades.”
Já o Claudino recordou com entusiasmo “a forma como o Paulo conseguiu falar de coisas difíceis com tanto sentido de humor”, e a Solange ficou particularmente impressionada “com o momento em que o Paulo tirou as próteses”.
No final do dia, ficou a certeza de que esta experiência nos tocou profundamente. As histórias partilhadas e as reflexões que inspiraram lembraram-nos da importância da empatia, da entreajuda e de colocarmo-nos no lugar do outro — valores que estão no coração da missão do CRIF.

